quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sobre a nota da Unila:

Tendo em vista o posicionamento publicado ontem no site oficial da Unila a respeito da invasão da polícia militar na moradia estudantil Quebrada do Guevara, o Comitê de Solidariedade às vítimas destaca:

- Entendemos a abertura do procedimento disciplinar perante a Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Paraná, como ação positiva, justa e necessária para a apuração da violência praticada contra jovens brasileiros e estrangeiros residentes no país.

- Com relação a abordagem dos policiais, há um equívoco na nota. Em vez de dois estudantes, as imagens comprovam que os policiais estavam determinados a prender apenas um estudante. Perante tal imposição dos policiais, os residentes  se voluntariaram a acompanha-lo até a delegacia para a segurança e integridade da suposta pessoa que fosse detida. Diante da recusa dos policiais, instaurou-se um impasse e a partir de então começaram a dar voz de prisão de forma indiscriminada e a atacar brutalmente os estudantes.


- Também é equivocado o número de estudantes detidos pela polícia militar. Segundo a nota, sete estudantes foram detidos, quando na verdade foram oito, sendo três brasileiros e cinco estrangeiros, dentre eles, uma mulher.

- Destacamos que o clima de tensão e medo que ainda permanece entre as vítimas foi causado pela brutalidade dos invasores à balas e cassetetes e por não terem a quem pedir socorro, uma vez que o banditismo foi causado pela própria polícia. No momento do impasse, um policial tenta redirecionar a câmera do circuito interno, o que prova que tal violência foi premeditada.

- Seja de ordem militar ou civil, o que se sabe é que os estudantes foram vítimas de um crime. Dessa forma, nos manteremos vigilantes em relação à este processo, que segundo a nota, será "acompanhado de perto" pela instituição.

- Reafirmamos que alguns órgãos de imprensa desvirtuaram informações e impuseram aos alunos da Unila uma imagem perante a sociedade que não condiz com a realidade. E diante deste fato, reivindicamos que seja cobrado por parte da Unila, direito de resposta nestes veículos e dessa forma reduzir os danos morais já causados pelas referidas distorções.

- Por fim, lamentamos que três dias após o ocorrido, a Unila vem a se pronunciar. 

4 comentários:

  1. La funcion de la policia es resguardar el bien público no provocarla. Es necesario que se ofrezca seguridad ciudadana en esos lugares, no por ser estudiantes dejan de ser ciudadanos con derechos. Hagan la respectiva denuncia a sus embajadas de los alumnos agredidos para que se siente un precedente ante las autoridades policiales.

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  3. Importante notar como as informações são distorcidas e colocadas a disposição da sociedade na grande mídia. Lamentável também a demora da Unila em lançar um pronunciamento oficial além de seguir repetindo alguns destes equívocos, como por exemplo número de estudantes detidos e em relação a ideia de que os policiais queriam levar dois alunos, quando na verdade queriam levar um estudante sozinho, o que não podia ser admitido pelos demais moradores.
    Outra coisa evidente nos vídeos é a delicadeza com que são tratados os estudantes, demonstradas nas "polidas" palavras do policial quando pergunta "quem é o responsável por esta b***"
    Atenção Unila, atenção!

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  4. Lau, estou procurando o contato de estudantes que estavam lá durante a invasão da polícia ou algum dos que foram presos, para uma entrevista. estamos coletando depoimentos, para publicar. especialmente tendo em vista os acontecimentos na Unifesp onde 43 estudantes foram presos ontem. meu contato: perci.marrara@gmail.com

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